O novo sistema de Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) de Salvador, que substituirá os antigos trens na região do Subúrbio e atenderá também a Região Metropolitana, adotará um modelo de cobrança espontânea de tarifas em 29 das 35 paradas. Essa abordagem é similar à utilizada no VLT do Rio de Janeiro e em diversas cidades da Europa.
As catracas estarão presentes apenas em seis paradas: Estação Calçada, devido ao seu tamanho; Águas Claras e Bairro da Paz, por conta da integração com o metrô; e Periperi, Paripe e Ilha de São João, locais com grande fluxo de passageiros.
A decisão de não instalar catracas em grande parte do sistema busca facilitar o fluxo dos passageiros, mas a Companhia de Transportes da Bahia (CTB) planeja investir fortemente na fiscalização para evitar fraudes. De acordo com Ana Cláudia Nascimento, presidente da CTB, a multa para quem tentar burlar o sistema será de aproximadamente R$ 500.
“Precisamos investir na fiscalização para gerar uma mudança de hábito na população. Quando alguém burlar a tarifa de transporte e tiver que pagar uma multa de R$ 500, aprenderá que nunca mais deve fazer isso”, destacou Ana Cláudia Nascimento.
No Rio de Janeiro, onde o modelo de cobrança espontânea já está em vigor, a inadimplência gira em torno de 14%, o que reforça a importância de uma fiscalização rigorosa para garantir a viabilidade do sistema em Salvador.