Salvador está implementando um plano ambicioso para expandir sua rede cicloviária, visando atingir 700 km de ciclovias até 2034, mais que o dobro da atual infraestrutura de 300 km.
A Secretaria Municipal de Mobilidade (Semob), com o apoio do governo britânico através do UK Pact, planeja investir mais de R$100 milhões nesse projeto.
O plano inclui 12 objetivos principais, destacando-se a promoção do uso da bicicleta como um meio de transporte diário alternativo ao transporte motorizado individual e como complemento ao transporte coletivo.
Também visa melhorar a infraestrutura existente, tornando-a mais segura e adequada para os ciclistas.
O projeto foi elaborado com base em consultas públicas, análises técnicas e melhores práticas internacionais, reforçando o compromisso de Salvador em ser uma cidade mais sustentável, segura e inclusiva.
Fabrizzio Muller, secretário da Semob, enfatiza que o plano não é apenas uma expansão da rede cicloviária, mas um diagnóstico detalhado da infraestrutura atual, identificando áreas para melhorias e expansão.
A meta é atingir 25 km de ciclovias por 100 mil habitantes, semelhante a níveis observados em cidades europeias.
Em junho, a Prefeitura já destinou recursos para ampliar e readequar ciclovias na Avenida Suburbana e no Rio Vermelho.
O plano também inclui programas de educação de trânsito para o público em geral e ciclistas, através do Movimento Salvador Vai de Bike (MSVB).
Análises mostram que, apesar de 45% da área urbana de Salvador ter relevo acidentado, a cidade possui diversas regiões com topografia adequada ao uso de bicicletas, favorecidas por uma extensa orla marítima.
A ciclovia da Avenida Suburbana, com 12 km de extensão, é a mais longa do município, conectando bairros populosos e proporcionando maior segurança e conforto aos ciclistas.
A pesquisa do plano identificou áreas com maior fluxo de ciclistas, como Boca do Rio, Pituba, Calçada e Itapuã, especialmente entre 17h e 19h, além de uma significativa movimentação na Ribeira e Cajazeiras.